Por Antônio Alves Mota
Como profissional e estudante do tema “segurança” que sou e atuando como profissional há mais de 30 anos como gestor e consultor em segurança privada e empresarial, não poderia deixar de destacar que segurança é algo isento de perigo, seguro e confiável, é a base de praticamente tudo o que fazemos, e qualquer evento que venha causar dúvida ou desconfiança em relação a qualquer projeto ou alguma coisa que esteja sendo idealizado ou realizado isso já é o bastante para pôr em dúvida a segurança e assim sendo, já podemos ter possivelmente um ato de insegurança.
Seguindo essa minha tese, penso que segurança é um pilar primordial desde a era de nossos ancestrais. Abraham Maslow (1908-1970) psicólogo norte-americano, em seus estudos e pesquisas sobre as necessidades humanas, chegou à conclusão que ficou conhecida como a “Hierarquia das necessidades humanas” onde segurança é a segunda prioridade da humanidade perdendo apenas para as necessidades fisiológicas que ficou em primeiro lugar na base da pirâmide do estudo, e vindo depois as outras prioridades tais como: relações de afeto, autoestima e às próprias realizações pessoais.
Quando falo sobre segurança, digo que tudo que gera dúvida e desconfiança gera “insegurança”, eu me refiro por exemplo, uma partida de futebol quando um resultado não nos convence e fica comprovado que houve falhas da arbitragem de forma que não sabemos se os erros foram cometidos de caráter premeditado ou se apenas foram consequências de interpretações equivocadas. Outro exemplo que podemos citar - é quando me refiro a um tema polêmico e complexo como por exemplo: Política – quando o resultado de uma eleição não nos convence. Sabemos que existem vários fatores e variáveis que podem influenciar e/ou impactar no resultado, pois, logo todos esperam um resultado justo e seguro na somatória final dos votos e tudo aquilo que não é visto e não é verdadeiramente comprovado aos olhos de alguém que possa auditar, isso já é um fator de insegurança causando desconfiança, e isso já é o suficiente para colocamos dúvida no quesito segurança.
Sobre uma obra na construção civil, ao ser construído um prédio, o quesito “segurança” não poderá ser desprezado e a segurança tem que ser pensada desde o projeto, no trabalho inicial do alicerce com uma boa base de sustentação e, depois no desenvolvimento da planta arquitetônica propriamente dito e ainda tudo tem que ser pensado e analisado com relação as instalações hidráulicas e elétricas, além de ser pensado também tudo o que se refere aos regulatórios ou seja, seguir as normas técnicas e o que mais será exigido para aprovação do referido empreendimento. Se tudo isso é analisado e executado com eficiência e eficácia, então podemos acreditar que teremos um prédio seguro. Isso me refiro apenas com relação a construção civil.
Depois quando o prédio estiver pronto para ser habitado, seja ele residencial ou comercial funcional, é extremamente importante e necessário ser estudado e avaliado tudo o que se refere a segurança para eliminar perigos e mitigar riscos, e ainda causar sensação positiva de segurança aos usuários, sem deixar de adotar e implantar todas as medidas e meios de segurança depois de analisados e avaliados para tornar o ambiente seguro com uso de recursos humanos, tecnológicos e processos. Não adianta termos os melhores recursos de segurança, se por um acaso um evento adverso ocorrer, os operadores ou os usuários não souberem o que fazer. Isso deve estar previsto e detalhado no plano de segurança e/ou no plano de continuidade de negócios (PCN) podendo ainda está previsto em um plano de contingências
Pensando assim, segurança está sempre a frente de qualquer tomada de decisão que fazemos pois, nos riscos financeiros deve-se desde uma compra até abrir uma poupança ou para outra transação financeira, requer uma análise e avaliação, pois, em uma decisão sempre é levado em conta a segurança da operação.
No Brasil ouvimos falar que existem leis que pegam e leis que não pegam. Assim, logo percebemos que até no meio jurídico e em alguns negócios existe insegurança jurídica, pois, existem leis que dependem de interpretações diversas e muitas vezes não sabemos ou não se têm uma certeza qual será uma decisão final pelo órgão regulador, fiscalizador e/ou julgador. Vejo também queprecisamos ter segurança nas leis e na área jurídica.
Os riscos operacionais sempre existem desde como dirigir e utilizar um veículo, guardar e manusear uma arma de fogo, até levantar voo com uma aeronave, deve ser checado todos os itens de segurança cuidadosamente.
Para concluir este meu raciocínio, pergunto: você coloca a segurança a frente de seus negócios, de suas atividades e projetos? Analisa, avalia e toma todos os cuidados com relação a prevenção e a segurança nos seus resultados e impactos futuros? Se sim, parabéns! Caso contrário, recomendo rever seu pensamento quanto ao tema “segurança”.
- Autor: ANTÔNIO ALVES MOTA - CPSI, DIDS
- E-mail: aa.mota@outlook.com
Doutor em Filosofia em Ciências de Segurança Internacional, Ph.D.CPSI - Certificado Profissional em Segurança Internacional. Professor e consultor de segurança privada e empresarial Membro do Grupo de Excelência em Defesa e Segurança - CRA - CE